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Índice de verbetes


Obsessão



Obsessão, conforme a Doutrina Espírita, é a influência negativa que um Espírito exerce persistentemente sobre outra pessoa, de variadas maneiras de atuação, desde um simples desvirtuamento da moral até a perturbação completa das faculdades mentais e controle do organismo físico, cujos efeitos podem alcançar diversos graus do constrangimento e até enfermidades físicas. Allan Kardec classificou a obsessão em três tipos básicos: obsessão simples, fascinação e subjugação, acrescentando aí o caso especial de determinado tipo de possessão, em que o organismo físico da presa fica temporariamente dominado pelo Espírito agressor. O agente dessa má influência (o obsessor) demonstra, por essa prática, ser sempre de uma natureza inferior, própria dos Espíritos muito imperfeitos, movidos por interesses variados, por exemplo: sentimento de inveja, vingança, mero desejo de fazer o mal (aleatoriamente ou contra uma causa comum) ou ainda para usufruir de gozos materiais (fumo, bebida, droga, sexo etc.) que, neste caso, é comumente especificado como Vampirismo. O obsediado (ou obsidiado, obsedado) é a presa do processo obsessivo, e aí evidencia também sua inferioridade moral, seja pela suscetibilidade de ser perturbado ou mal influenciado, seja pela sua predisposição em gozar dos prazeres inferiores a que é arrastado. Em razão dos médiuns estarem naturalmente mais expostos ao contato dos Espíritos, a obsessão é então colocada como um perigo de primeira ordem para a prática da mediunidade, que, por sua vez, apresenta-se como poderoso auxílio no tratamento contra a obsessão (desobsessão), especialmente por revelar a ação oculta de obsessores e por propiciar um diálogo regenerador entre os envolvidos e intermediários motivados pela boa vontade. Além de ter sido a primeira doutrina a evidenciar sistematicamente o processo obsessivo, o Espiritismo faz-se o melhor meio para tratá-lo e prevenir a ação de Espíritos obsessores, cujos procedimentos básicos são: oração e aperfeiçoamento moral dos indivíduos envolvidos.



Definições e concepções

A palavra obsessão vem do latim obsessìo, que também deriva o termo “assédio”, justificando bem as características atribuídas a esse mal. Em geral, é descrito como uma motivação irracional ou desejo irresistível (compulsão) por uma coisa ou ato ridículo e constrangedor. O Dicionário Houaiss ainda acrescenta uma concepção curiosa, dentro da categoria de diacronismo antigo: “suposta apresentação repetida do demônio ao espírito”.

Atento aos estudos kardequianos sobre o referido assunto, a edição de fevereiro de 1875 do periódico Revista Espírita - publicação mensal de estudos psychologicos, editada no Rio de Janeiro por A. da Silva Netto, propôs para o português a criação de dois vocábulos relativos ao assunto: o verbo obsedar e o adjetivo obsedado, como alternativa aos termos respectivos usados em francês obséder e obsédé, enfatizando a especialidade da sua utilização, que assim anotou, na ortografia daquele tempo: "Não havendo em nossa língua uma palavra que signifique a acção de um máo Espirito desincarnado sobre um encarnado, creamos o verbo obsedar. Aos que lembrarem possuirmos o adjectivo obsesso, e que por isso deveriamos antes empregar o verbo obsessar, diremos que se assim procedessemos introduziriamos na nossa linguagem uma amphibologia. O adjectivo obsesso que nos vem da lingua latina, exprime a acção do demonio sobre o homem. O espiritismo reconhece a existencia de máos e perversos Espiritos, mas não a do demonio na accepção dos representantes da Igreja. Eis a razão porque havemos de empregar a palavra - obsedado, etc."

A Psiquiatria clássica identifica a obsessão como um tipo de mania, perturbação mental e comportamental, catalogada entre os transtornos neuróticos e listado no código internacional de doença como “TOC - Transtorno obsessivo-compulsivo” (CID-10 F42), caracterizado pela aparente necessidade de realizar e conferir rotinas compulsivamente (lavar as mãos, conferir a tranca da porta, alinhar objetos, etc.) ou pelo assédio intenso de determinados pensamentos (impressão de que está sendo vigiado ou mal visto pelas pessoas em geral), levando o paciente a situações constrangedoras e, com isso, provocando-lhe ansiedade. Os psiquiatras tradicionais não determinam a causa dessas compulsões, mas apontam como fatores de risco o estresse e os traumas na infância. Além de aconselhamento psiquiátrico, a medicina clássica também admite tratar os pacientes desse transtorno com medicação, dentre os quais os antidepressivos. A Organização Mundial de Saúde estima que, em algum momento da vida, esse mal afete 2,3% de toda a população mundial.


Mediunidade e obsessão

Em Espiritismo, a obsessão se configura a partir da acepção de que existe um agente espiritual (o Espírito obsessor) exercendo uma má influência sobre um indivíduo (o obsediado) de maneira mais ou menos oculta. Os fundamentos do entendimento espírita a respeito da obsessão foram oferecidos por Allan Kardec em O Livro dos Médiuns, capítulo XXIII, onde encontramos a seguinte definição:

“Entre os perigos que a prática do Espiritismo apresenta, devemos colocar na primeira linha a obsessão, quer dizer, o domínio que alguns Espíritos tomam sobre certas pessoas. Ela nunca surge a não ser através dos Espíritos inferiores que procuram dominar; os bons Espíritos não causam nenhum constrangimento, mas aconselham e combatem a influência dos maus, e se não os escutamos, eles se retiram. Os maus, ao contrário, se agregam àqueles em quem eles encontram apoio; quando conseguem assumir o controle de alguém, eles se identificam com o Espírito deste e o conduzem como se ele fosse uma verdadeira criança.”
O Livro dos Médiuns, Allan Kardec - 2ª parte, cap. XXIII, Item 237

A especial preocupação da Doutrina Espírita com relação às influenciações obsessivas é colocada pelos efeitos nocivos que estas podem causar à prática mediúnica, visto que a mediunidade em Espiritismo tem por princípio servir de canal de solidariedade entre desencarnados e encarnados sob o propósito de contribuir mutuamente com a evolução de todos. Nesse sentido, a ação de obsessores pode ser bastante danosa, seja embaraçando as comunicações, seja perturbando o estado psicológico do médium (para prejudicar seu exercício mediúnico), e assim, em qualquer dos casos, prejudicando a campanha espírita de espiritualização da humanidade. Nesse contexto, vamos reconhecer o assédio de obsessores pelas seguintes características:

  1. Persistência de um Espírito em se comunicar, de boa ou má vontade, pela escrita, pela audição, pela tiptologia etc., opondo-se a que outros Espíritos o façam;
  2. Ilusão que, apesar da inteligência do médium, o impede de reconhecer a falsidade e o ridículo das comunicações que recebe;
  3. Crença na infalibilidade e na identidade absoluta dos Espíritos que se comunicam e que, sob nomes respeitáveis e venerados, dizem coisas falsas ou absurdas;
  4. Confiança do médium nos elogios que lhe dispensam os Espíritos que por ele se comunicam;
  5. Disposição para se afastar das pessoas que podem emitir opiniões aproveitáveis;
  6. Tomar a mal a crítica das comunicações que recebe;
  7. Necessidade incessante e inoportuna de escrever;
  8. Constrangimento físico qualquer, dominando-lhe a vontade e forçando-o a agir ou falar contra sua vontade;
  9. Rumores e desordens persistentes ao redor do médium, sendo ele de tudo a causa, ou o objeto.

O perigo da obsessão em face da prática mediúnica é por vezes colocado como pretexto para se rejeitar a própria comunicabilidade com os Espíritos e, por conseguinte, toda a Doutrina Espírita, vista desta maneira como uma porta aberta para a loucura e a perdição dos médiuns. A suposições de tal gênero, Kardec vai responder:

“Não foram nem os médiuns e nem os espíritas que criaram os Espíritos, mas, ao contrário, foram os Espíritos que fizeram que houvesse espíritas e médiuns. Como os Espíritos não são mais do que as almas dos homens, então há Espíritos desde quando há homens, e consequentemente em todos os tempos eles têm exercido uma influência saudável ou perniciosa sobre a humanidade. A faculdade medianímica não é para eles senão um meio de se manifestar; na falta desse recurso, eles se manifestam de mil outras maneiras, mais ou menos ocultas. Logo, seria um erro crer que os Espíritos exercem sua influência só por meio das comunicações escritas ou verbais; essa influência é a todo instante e mesmo os que não se ocupam com os Espíritos ou até não acreditam neles estão sujeitos a ela, igual aos outros, e até mais do que os outros, porque não têm um contrapeso.”
O Livro dos Médiuns, - 2ª parte, cap. XXIII, Item 244


Com isso, longe de se condenar o Espiritismo ou a mediunidade, por conta dos perigos da obsessão, deve-se mesmo reconhecer sua extrema necessidade para identificar e tratar esses males, para cujo tratamento a medicina tradicional é absolutamente ineficaz, os quais têm ocorrido em toda a História da humanidade, dentro e fora da doutrina e contra espíritas ou não, médiuns ou não, crentes e ateus etc.

“Em resumo: o perigo não está propriamente no espiritismo, já que este pode, por sua vez, servir de controle e nos preservar do risco que constantemente nós corremos sem sabermos; o perigo está na orgulhosa propensão de certos médiuns em achar muito levianamente que sejam instrumentos exclusivos de Espíritos superiores, e nessa espécie de fascinação que não lhes permite compreender as tolices de que são intérpretes. Mesmo aqueles que não são médiuns podem se deixar levar por isso.”
Idem


Tipos de obsessão

O processo obsessivo apresenta diversos tipos que se distinguem pelo grau de constrangimento e natureza de efeitos que produz.

Inicialmente, Allan Kardec enumerou três graus elementares de obsessão:

  • Obsessão Simples: caracteriza-se pela persistência de um Espírito mal-intencionado em embaraçar o trabalho do médium, intrometendo-se nas comunicações deste com outros Espíritos, apresentando-se no lugar daqueles que são evocados. Nesta categoria também se inclui o tipo de manifestações de ordem física (pancadas, ruídos, movimento de objetos etc.) produzidas para causar simples perturbação ou intimidação — que também são conhecidos como fenômenos de poltergeist. Nesse nível, os obsessores desejam meramente importunar o médium e não dissimulam sua ação. Os médiuns, reconhecendo a ação desagradável desses perturbadores, podem se desvencilharem deles pondo-se em guarda para não se deixarem ser enganados e mal influenciados;
  • Fascinação: de consequências mais graves, é uma ação direta e persistente de um Espírito sobre a mente do médium paralisando neste o raciocínio, iludindo-o quanto as comunicações. A ilusão pode mesmo ir até ao ponto de fazê-lo achar sublime a linguagem mais ridícula. O obsessor nesta categoria age sutilmente, ocultando-se e ardilosamente para ganhar a confiança do médium até dominar seu raciocínio. Daí o fato de sua tática consistir quase sempre em inspirar ao seu intérprete o afastamento de alguém amigo lhe possa abrir os olhos. Por esse meio, evitando toda contradição, fica certo de ter razão sempre;
  • Subjugação: é um maior agravamento da obsessão, em que o obsessor exerce uma pressão tal que paralisa a vontade daquele que a sofre e o faz agir a contragosto, pondo o obsediado sob um verdadeiro jugo, tanto psiquicamente quanto fisicamente. No primeiro caso, o obsessor o constrange a tomar certas decisões; no segundo, o Espírito atua mesmo sobre os órgãos materiais da sua presa para fazê-lo movimentar-se ao seu bel-prazer.


Processo obsessivo

O modo de operação da obsessão se dá pela similaridade fluídica entre assediador e assediado:

“Na obsessão, o Espírito atua exteriormente, com a ajuda do seu perispírito, que ele identifica com o do encarnado, ficando este afinal enlaçado por uma espécie de teia e constrangido a proceder contra a sua vontade.”
A Gênese, os Milagres e as Predições segundo o Espiritismo, Allan Kardec – cap. XIV, item 47


Havendo uma sintonia fluídica — estabelecida pela similaridade de pensamentos, sentimentos e emoções —, o Espírito obsessor envolve sua presa com seu perispírito, procurando dominar o campo mental do obsediado para aí imprimir suas más sugestões. Se a pessoa assediada não tiver a necessária força espiritual para se desvencilhar dessa teia fluídica, acabará por ser forçada a seguir as sugestões do seu obsessor e com isso sofrer os mais diversos tipos de constrangimentos.


Possessão

Na tradição popular, a possessão é o fenômeno que ocorre quando uma pessoa está corporal e mentalmente sob a posse de uma entidade espiritual má, de modo como se um Espírito “entrasse” no corpo da vítima e passasse a dominar diretamente o seu organismo material, na ideia de que um invasor tome o corpo do encarnado. Para certas pessoas, esse tipo de fenômeno ocorre por ação do demônio, donde se diz que o possuído está “endemoniado”, tomado por Satanás ou por um de seus demônios.

Num primeiro momento, Kardec rejeitou o fenômeno da possessão e enquadrou esse tipo de assédio dentro dos limites da subjugação:

“Dava-se antigamente o nome de possessão ao império exercido por maus Espíritos, quando a influência deles ia até à aberração das faculdades da vítima. A possessão seria para nós sinônimo da subjugação. Por dois motivos deixamos de adotar esse termo: primeiro, porque implica a crença de seres criados para o mal e perpetuamente dedicados ao mal, enquanto não há senão seres mais ou menos imperfeitos, os quais todos podem se melhorar; segundo, porque implica igualmente a ideia do apoderamento de um corpo por um Espírito estranho, de uma espécie de coabitação, ao passo que o que há é apenas constrangimento. A palavra subjugação exprime perfeitamente a ideia. Assim, para nós, não há possessos, no sentido vulgar do termo, há somente obsidiados, subjugados e fascinados.”
O Livro dos Médiuns, Allan Kardec – 2ª parte, cap. XXIII


Essa formulação kardequiana assentava-se em uma questão anteriormente posta aos Espíritos sobre a possibilidade de um Espírito tomar posse de um corpo encarnado animado por outro Espírito, mesmo que por instantes, e cuja resposta havia sido negativa:

Um Espírito pode tomar temporariamente o invólucro corporal de uma pessoa viva, isto é, introduzir-se num corpo animado e agir em lugar do outro que se acha encarnado neste corpo?
“O Espírito não entra em um corpo como se entra numa casa; ele se assimila com um Espírito encarnado que tenha os mesmos defeitos e as mesmas qualidades, a fim de agir conjuntamente. Contudo, é sempre o Espírito encarnado quem atua, conforme queira, sobre a matéria da qual está revestido. Um Espírito não pode substituir aquele que já está encarnado, pois o Espírito e o corpo ficam ligados até o período marcado para o término da existência material.”
O Livro dos Espíritos, Allan Kardec - questão 473


Posteriormente, contudo, o codificador espírita vai estudar os eventos de um determinado caso de obsessão, de gravíssimo grau, e reformula suas concepções acerca da possessão:

“Temos dito que não havia possessos no sentido vulgar do vocábulo, mas somente subjugados. Voltamos a esta asserção absoluta porque agora nos é demonstrado que pode haver verdadeira possessão, isto é, substituição, posto que parcial, de um Espírito errante a um encarnado.”
Revista Espírita - dez. 1863: “Um caso de possessão”


Kardec então vai formular uma teoria sobre o modo de operação na possessão, que se distingue do processo comum da obsessão (em que a ação se dá externamente, de perispírito para perispírito):

“Na possessão, em vez de agir exteriormente, por assim dizer, o Espírito livre substitui o Espírito encarnado; toma o seu corpo como domicílio sem que, no entanto, o encarnado abandone seu corpo definitivamente — o que só acontece na morte. Portanto, a possessão é sempre temporária e intermitente, pois um Espírito desencarnado não pode tomar e ocupar definitivamente o lugar de um Espírito encarnado, visto que a união molecular entre o perispírito e o corpo não pode se efetivar senão no momento da concepção.
“Na posse momentânea do corpo do encarnado, o Espírito se serve dele como se fosse o seu: fala pela boca dele, vê pelos seus olhos e age com seus braços conforme o faria se estivesse vivo. Não é como na mediunidade falante, em que o Espírito encarnado fala transmitindo o pensamento de um desencarnado; é este último mesmo quem fala e quem age, e quem o tiver conhecido em vida reconhecerá nele a sua linguagem, a sua voz, os seus gestos e até a expressão da fisionomia.”
A Gênese, os Milagres e as Predições segundo o Espiritismo, Allan Kardec – cap. XIV, item 47


Desde essa reclassificação, a possessão é colocada como um fenômeno à parte da obsessão, porque nem sempre a manifestação possessiva é um assédio; pode tratar-se, pois, de um tipo de “possessão do bem”:

“A possessão pode ser o fato de um Espírito bom que queira falar e, para causar maior impressão nos seus ouvintes, toma emprestado o corpo de um encarnado, que o empresta voluntariamente, como emprestaria sua roupa. Isso se faz sem qualquer perturbação ou incômodo, e durante o tempo em que o Espírito se acha em liberdade, como no estado de emancipação, e na maioria das vezes ele se conserva ao lado do seu substituto para ouvi-lo.”
Idem - cap. XIV, item 48

Todavia, embora se não possa dizer que toda possessão seja uma obsessão, de fato há certos ataques obsessivos em que o assediador faz uso dos recursos da possessão, e, nestes casos, os efeitos podem ser ainda mais danosos:

“Quando o Espírito possessor é mau, as coisas se passam de outro modo; ele não pega o corpo emprestado, mas sim se apodera dele caso o titular não tenha força moral para resisti-lo. Faz isso por maldade contra este, a quem tortura e martiriza de todas as formas, indo ao extremo de tentar exterminá-lo — seja por estrangulação, seja atirando-o ao fogo ou a outros lugares perigosos. Servindo-se dos membros e dos órgãos do infeliz paciente, ele blasfema, insulta-o e maltrata aqueles que o cercam; entrega-se à estranheza e a atos que têm todas as características da loucura furiosa.”
Idem


Vampirismo espiritual

Dentre os processos obsessivos há o caso em que o Espírito visa especialmente sugar as energias vitais do obsediado, numa espécie de parasitismo, a exemplo da lenda popular do vampiro, pelo que esse tipo de obsessão é conhecido como vampirismo.

"Se nos referirmos aos morcegos sugadores, o vampiro, entre os homens, é o fantasma dos mortos, que se retira do sepulcro, alta noite, para alimentar-se do sangue dos vivos. Não sei quem é o autor de semelhante definição, mas, no fundo, não está errada. Apenas cumpre considerar que, entre nós, vampiro é toda entidade ociosa que se vale, indebitamente, das possibilidades alheias e, em se tratando de vampiros que visitam os encarnados, é necessário reconhecer que eles atendem aos sinistros propósitos a qualquer hora, desde que encontrem guarida no estojo de carne dos homens."
Missionários da Luz, (André Luiz) Chico Xavier - cap. 4


De modo geral, os vampiros espirituais são aqueles que, ainda bastante materializados e apegados às paixões humanas, procuram associar-se fluidicamente a quem lhes possam nutrir, notadamente os que compartilham de semelhantes vícios (álcool, tabaco, drogas etc.), incitando-os a tais gozos, para daí experimentar as sensações de quando encarnado, através do organismo alheio, absorvendo-lhe as energias.


Causas da obsessão

A influenciação espiritual é uma condição natural, estabelecida pela Divindade, que serve ao mesmo tempo de oportunidade para a solidariedade entre Espíritos simpáticos como também para provações e expiações entre seres ainda presos a sentimentos baixos, ensejando-lhes a ocasião de praticar o mal, do qual, porém, eles não escapam das consequências, sendo estas tanto mais graves conforme forem mais graves as suas investidas; dos resultados sempre insatisfatórios desse mal que praticaram, por fim, eles acabam procurando o reajuste consciencial e findam na reconciliação com os seus desafetos — razão pela qual Deus permite os obsessões.

“Os Espíritos maus espalham-se ao redor da Terra por causa da inferioridade moral dos seus habitantes. A ação maldosa deles é parte integrante dos flagelos com que a Humanidade aqui se vê abraçada. A obsessão — que é um dos efeitos dessa ação, como as enfermidades e todas as atribulações da vida — deve ser considerada como uma provação ou uma expiação e aceita como tal.”
A Gênese, os Milagres e as Predições segundo o Espiritismo - cap. XIV, item 45


As causas comuns das obsessões são:

  • Vingança pessoal que se toma de um indivíduo de quem o obsessor guarda queixas, seja da sua vida presente ou de outra reencarnação;
  • Prazer em fazer o mal, quando o Espírito que sofre deseja ver também os outros sofrerem e com isso sente certo alívio por não se sentir sozinho em seu sofrimento;
  • Por ódio ou inveja do bem, em que o obsessor procura desvirtuar todos aqueles que acenam para o progresso espiritual, arrastando-os ao mal e os fazer fracassar;
  • Por ideologia ou causa contrária, quando um Espírito ataca alguém não por motivação pessoal (nada diretamente contra a pessoa obsediada), mas porque sua presa pertence (ou está associada) a um determinado grupo ao qual o obsessor é antipático.

Não é nada difícil imaginarmos o quanto um movimento como o Espiritismo pode provocar reações de interesses contrários, motivando ataques obsessivos contra os seus adeptos. A propósito, temos o depoimento do médium espírita Chico Xavier, conforme a transcrição de sua amiga Marlene Nobre:

(…) também registramos a voz nítida dos Espíritos inimigos da causa espírita cristã, perturbando-nos a tranquilidade interior. Essa presença de Espíritos infelizes, desde então, tem sido uma constante. Ouvimos-lhe diariamente os ataques à mensagem cristã e à Doutrina Espírita; as sugestões desagradáveis; as induções ao desequilíbrio; os sarcasmos em relação aos episódios por nós vividos no decorrer desta existência; as alusões ferinas às ocorrências menos dignas de nossos círculos doutrinários; as calúnias em relação a fatos conhecidos por nós; e até maledicências dirigidas ao nosso círculo de amizades. Tudo isso de forma tal que nos sentimos tolhidos na liberdade de pensar.
Lições de Sabedoria, Marlene Nobre - cap. XIV.


Em qualquer situação, não há vítima inocente nem injustiça na obsessão: o estado de obsediado denota certa inferioridade da presa.

“Assim como as enfermidades resultam das imperfeições físicas que tornam o corpo acessível às perniciosas influências exteriores, a obsessão decorre sempre de uma imperfeição moral que dá ensejo a um Espírito mau.”
A Gênese, os Milagres e as Predições segundo o Espiritismo - cap. XIV, item 46



Prevenção e tratamento

De modo geral, tanto a prevenção quanto o tratamento da obsessão passam pelo recondicionamento moral dos envolvidos, posto que o processo obsessivo só pode ocorrer enquanto houver uma sintonização fluídica ocasionada pelo estado de imperfeição de ambos (obsessor e obsediado).

Contudo, na existência de um processo obsessivo já em curso, os procedimentos práticos para se combatê-la variam de acordo com o grau de influenciação estabelecido. Comumente, esse tratamento é chamado de desobsessão.

Nos casos de obsessão simples, a recomendação básica é:

"Há duas coisas essenciais a se fazer nesse caso: provar ao Espírito que não estamos iludidos por ele e que é impossível ele nos enganar; e segundo, esgotar sua paciência mostrando-se mais paciente do que ele. Quando ele estiver bem convencido de que está perdendo tempo, acabará se retirando, como fazem os importunos a quem não damos ouvidos.”
O Livro dos Médiuns, Allan Kardec - cap. XXIII, item 249


Já em situações tais de um assédio mais obstinado...

“Mas nem sempre isso basta, e pode durar muito tempo, porque há Espíritos que são teimosos, para os quais os meses e os anos significam pouca coisa. Além do mais, o médium deve fazer um apelo fervoroso ao seu bom anjo, assim como aos bons Espíritos que sejam simpáticos a ele, pedindo-lhes que o ajudem.”
Idem

Nas ocorrências mais graves, quando há uma interligação obsessiva mais complexa, faz-se necessário um procedimento mais metódico.

“A cura das obsessões graves requer muita paciência, perseverança e devotamento. Exige também tato e habilidade, a fim de encaminhar para o bem Espíritos muitas vezes perversos, endurecidos e espertos, pois há os rebeldes ao extremo. Na maioria dos casos, temos de nos guiar pelas circunstâncias. Mas, qualquer que seja o caráter do Espírito, nada se obtém, é isto um fato incontestável, pelo constrangimento ou pela ameaça. Toda influência reside no ascendente moral. Outra verdade igualmente comprovada pela experiência tanto quanto pela lógica, é a completa ineficácia dos exorcismos, fórmulas, palavras sacramentais, amuletos, talismãs, práticas exteriores, ou quaisquer sinais materiais. A obsessão muito prolongada pode ocasionar desordens patológicas e, por vezes, reclama tratamento simultâneo ou consecutivo — tanto magnético, quanto médico — para restabelecer a saúde do organismo. Destruída a causa, resta combater os efeitos.”
O Evangelho segundo o Espiritismo, Allan Kardec – cap. XXVIII, Item 84


Pode até chegar ao ponto de se precisar de um interventor amigo e capacitado:

"A subjugação corporal muitas vezes tida do obsidiado a energia necessária para dominar o mau Espírito; por isso, é preciso a intervenção de uma terceira pessoa agindo, seja pelo magnetismo, seja pela força da sua vontade. Na falta da cooperação do obsidiado, essa pessoa deve tomar o domínio do Espírito; mas como essa ascendência só pode ser moral, ela não pode ser exercida senão por um ser moralmente superior ao Espírito, e seu poder será tanto maior quanto maior for a sua superioridade moral, porque então ele se impõe ao Espírito, que se vê forçado a se inclinar diante dele. Por isso é que Jesus tinha um poder tão grande para expulsar aqueles a quem naquela época se chamavam demônios, ou seja, maus Espíritos obsessores.
“Não podemos aqui dar mais do que conselhos gerais, pois não há nenhum procedimento material, sobretudo nenhuma fórmula, nem qualquer palavra sacramental que tenha o poder de afastar os Espíritos obsessores. O que às vezes falta ao obsidiado é uma força fluídica suficiente; nesse caso, a ação magnética de um bom magnetizador pode vir utilmente a ajudar. Ademais, é sempre bom tomar os conselhos de um Espírito superior ou do anjo guardião, através de um médium confiável."
O Livro dos Médiuns, Allan Kardec - cap. XXIII, item 251


Em suma, a educação moral é a chave para a desobsessão:

“A uma causa física, opõe-se uma força física; a uma causa moral, é preciso uma força moral. Para se preservar das enfermidades, fortifica-se o corpo; para se garantir contra a obsessão, é preciso fortalecer a alma; daí, para o obsediado, a necessidade de trabalhar para o seu próprio melhoramento, o que muitas vezes basta para livrá-lo do obsessor, sem o socorro de outras pessoas. Esse socorro se torna necessário quando a obsessão degenera em subjugação e em possessão, porque nesse caso o paciente muitas vezes perde a sua vontade e o seu livre-arbítrio.”
A Gênese, os Milagres e as Predições segundo o Espiritismo, Allan Kardec – cap. XIV, item 46


Lembrando que os cuidados também devem ser estendidos aos Espíritos obsessores, no sentido de estimulá-los a renunciar ao mal:

“[...] para assegurar a libertação, é indispensável levar o Espírito perverso a renunciar aos seus maus costumes; é preciso fazer brotar nele o arrependimento e o desejo do bem, por auxílio de instruções habilmente dirigidas, em evocações particularmente feitas com o objetivo de sua educação moral; pode-se então ter a dupla satisfação de libertar um encarnado e de converter um Espírito imperfeito.”
Idem

Quando o obsediado é bem instruído sobre essa condição e então contribui voluntariamente com o tratamento, inclusive dirigindo suas preces em favor do refazimento consciencial do seu agressor (o Espírito obsessor) o trabalho fica mais fácil, porque assim, além de se fortalecer espiritualmente, aquele que é agredido dá ao seu algoz uma demonstração de nobreza, em se resignando diante do mal sofrido, ao mesmo tempo em que inspira o Espírito obsessor a buscar uma posição melhor. Além do que, ainda que este não reformule suas intenções, enquanto a vítima estiver fortalecida pelos bons pensamentos, sua atmosfera psíquica bloqueará as investidas de seu inimigo invisível.

A prece, aliás, é o mais poderoso meio de que dispomos para desviar o obsessor de seus propósitos maléficos e para atrair a proteção dos bons Espíritos, que estão sempre de guardar para ajudar, desde que haja comprometimento por parte daqueles que o evocam:

“Precisamos pedir ao nosso anjo guardião e aos bons Espíritos que nos assistam na luta; porém, não basta pedir que afastem o Espírito mau; devemos nos lembrar desta máxima: ajuda-te a ti mesmo e o céu te ajudará e, sobretudo, rogar a força que nos falta para vencermos os nossos maus pendores, que, para nós, são piores que os maus Espíritos, pois são esses pendores que os atraem, como a podridão atrai as aves de rapina. Orando também pelo Espírito obsessor, retribuiremos o mal que nos queira com o bem a ele e nos mostraremos melhores do que ele — o que já é uma superioridade. Com perseverança, muitas vezes acabamos por induzi-lo à posse de melhores sentimentos e a transformá-lo de perseguidor em amigo grato.”
Obras Póstumas, Allan Kardec – 1ª parte, "Manifestações dos Espíritos", item 58


Portanto, com a impotência dos recursos médicos e dos rituais de exorcismo ante o problema das obsessões, o Espiritismo então se apresenta como a melhor doutrina para esclarecer esse mal e oferecer o remédio para se combatê-lo e preveni-lo.

Dentre os modelos de orações oferecidas em O Evangelho segundo o Espiritismo, Allan Kardec nos inspira com três preces especialmente dedicadas ao tema em questão: a primeira serve de exemplo àquele que sofre a perseguição espiritual:

“Meu Deus, permita que os bons Espíritos me livrem do Espírito mal-intencionado que se ligou a mim. Se é uma vingança que toma dos agravos que eu lhe haja feito no passado, tu a consentes, meu Deus, para minha punição e eu sofro a consequência da minha falta. Que o meu arrependimento me permita teu perdão e a minha liberdade! Mas, seja qual for o motivo, imploro para o meu perseguidor a tua misericórdia. Digna-te de lhe mostrar o caminho do progresso, que o desviará do pensamento de praticar o mal. Possa eu, de meu lado, retribuindo-lhe com o bem o mal, induzi-lo a melhores sentimentos. Mas, também sei, ó meu Deus, que são as minhas imperfeições que me tornam passível das influências dos Espíritos imperfeitos. Dá-me a luz de que necessito para reconhecê-las; combate, sobretudo, em mim o orgulho que me cega com relação aos meus defeitos. Qual não será a minha indignidade, pois que um ser maldoso me pode subjugar! Ó meu Deus, faça que me sirva de lição para o futuro este golpe desferido na minha vaidade; que ele fortifique a resolução que tomo de me purificar pela prática do bem, da caridade e da humildade, a fim de opor, daqui por diante, uma barreira às más influências. Senhor, dê-me forças para suportar com paciência e resignação esta prova. Compreendo que, como todas as outras, ela há de contribuir para o meu adiantamento, se eu não lhe estragar o fruto com os meus lamentos, pois me proporciona ensejo de mostrar a minha submissão e de exercitar minha caridade para com um irmão infeliz, perdoando-lhe o mal que me fez.”
O Evangelho segundo o Espiritismo, Allan Kardec – cap. XXVIII, Item 82


A segunda prece serve àquele que se encarrega de intervir num processo obsessivo, em favor de um obsediado:

“Deus Todo-Poderoso, digna-te de me dar o poder de libertar [nome do favorecido] da influência do Espírito que o obsidia; se estiver nos teus desígnios pôr fim a essa prova, concede-me a graça de falar com autoridade a esse Espírito. Bons Espíritos que me acompanham e tu, seu anjo guardião, deem a mim a ajuda de vocês; auxiliem-me a livrá-lo do fluido impuro em que se acha envolvido. Em nome de Deus Onipotente, peço ao Espírito malfazejo que o atormenta a que se retire.”
Idem – cap. XXVIII, item 83

A terceira, finalmente, inspira orarmos pelos Espíritos obsessores:

“Deus infinitamente bom, imploro à tua misericórdia para o Espírito que obsidia [nome do favorecido]. Faça-lhe entrever as divinas claridades, a fim de que reconheça falso o caminho por onde enveredou. Bons Espíritos, me ajudem a fazer-lhe compreender que ele tudo tem a perder, praticando o mal, e tudo a ganhar, fazendo o bem.
“Espírito que se alegra em atormentar [nome do favorecido], escuta-me, pois que te falo em nome de Deus.
“Se quiseres refletir, compreenderá que o mal nunca vencerá o bem e que não pode ser mais forte do que Deus e os bons Espíritos. Possível lhes seria preservar [nome do favorecido], dos teus ataques; se não o fizeram, foi porque ele (ou ela) tinha de passar por uma prova. Mas, quando essa prova chegar a seu fim, toda ação sobre tua vítima te será vedada. O mal que lhe tiver feito, em vez de prejudicá-la, terá contribuído para o seu adiantamento e para torná-la por isso mais feliz. Assim, a tua maldade terá empregado em pura perda e se voltará contra ti.
“Deus, que é todo-poderoso, e os Espíritos superiores, seus delegados, mais poderosos do que tu, serão capazes de pôr fim a essa obsessão e a tua força se quebrará de encontro a essa autoridade suprema. Mas, por isso mesmo que é bom, Deus quer te deixar o mérito de fazer que ela cesse pela tua própria vontade. É uma demora que te concede; se não a aproveitares, sofrerá as duras consequências. Grandes castigos e cruéis sofrimentos te esperarão. Será forçado a suplicar a piedade e as preces da tua vítima, que já te perdoa e ora por ti, o que constitui grande merecimento aos olhos de Deus e apressará a libertação dela.
“Então, reflita enquanto ainda é tempo, visto que a justiça de Deus cairá sobre ti, como sobre todos os Espíritos rebeldes. Pense que o mal que neste momento pratica terá forçosamente um limite, ao passo que, se persistir na tua teimosia, aumentarão de contínuo os teus sofrimentos.
“Quando estava na Terra, não teria considerado estúpido sacrificar um grande bem por uma pequena satisfação de momento? O mesmo acontece agora, sendo Espírito. O que ganha com o que faz? O triste prazer de atormentar alguém, o que não afasta a que seja desgraçado, diga o que disser, e que te torne ainda mais desgraçado.
“Diante disso, veja o que perde; observa os bons Espíritos que te cercam e diga se não é preferível a sorte deles à tua. Da felicidade de que gozam, também tu partilhará, quando o quiser. Que é preciso para isso? Implorar a Deus e fazer, em vez do mal, o bem. Sei que não te pode transformar repentinamente; mas, Deus não exige o impossível; quer apenas a boa vontade. Experimenta e nós te ajudaremos. Faça que em breve possamos dizer em teu favor a prece pelos Espíritos penitentes e não mais considerar-te entre os maus Espíritos, enquanto te não conte entre os bons.”
Idem – cap. XXVIII, item 84


Auto-obsessão

Convém anotar que — se bem os Espíritos do tipo obsessores se aproveitem das perturbações mentais dos encarnados para lançarem seus ataques — nem toda perturbação provém originalmente dos inimigos invisíveis. Noutras palavras, não é sempre que uma perturbação espiritual é uma obsessão; muitas vezes, trata-se de um produto do próprio indivíduo, uma espécie de auto-obsessão.

“Também devemos dizer que muitas vezes se atribuem maldades aos Espíritos de que eles são inocentes. Alguns estados doentios e certas aberrações que se lançam à conta de uma causa oculta, derivam do Espírito do próprio indivíduo. As contrariedades que de ordinário cada um concentra em si mesmo — principalmente os desgostos amorosos — com frequência dão lugar a atos excêntricos, que seria errôneo considerar-se fruto da obsessão. Não raramente o homem é o obsessor de si mesmo.”
Obras Póstumas, Allan Kardec - 1ª parte, "Manifestações dos Espíritos", item 58


Veja também


Referências

  • O Livro dos Médiuns, Allan Kardec - Ebook.
  • O Livro dos Espíritos, Allan Kardec - Ebook.
  • A Gênese, os Milagres e as Predições segundo o Espiritismo, Allan Kardec - Ebook.
  • Obras Póstumas, Allan Kardec - Ebook.
  • Dicionário Eletrônico Houaiss, versão 3.0, 2009.
  • Origem dos termos obsedar e obsedado na língua portuguesa - AKOL.
  • Missionários da Luz, (André Luiz) Chico Xavier: especialmente o cap. 4.
  • Lições de sabedoria, Marlene Nobre: especialmente o cap. XIV.
  • Vampirismo, José Herculano Pires - Ebook.


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Índice de verbetes
A Gênese
A Gênese, os Milagres e as Predições segundo o Espiritismo
Abreu, Canuto
Adolphe Laurent de Faget
Agênere
Alexandre Aksakof
Allan Kardec
Alma
Alma gêmea
Amélie Gabrielle Boudet
Anastasio García López
Andrew Jackson Davis
Anna Blackwell
Arigó, Zé
Arthur Conan Doyle
Auto de Fé de Barcelona
Auto-obsessão.
Banner of Light
Baudin, Irmãs
Bem
Berthe Fropo
Blackwell, Anna
Boudet, Amélie Gabrielle
Cairbar Schutel
Canuto Abreu
Caridade
Carma
Caroline Baudin
Célina Japhet
Cepa Espírita
Charlatanismo
Charlatão
Chevreuil, Léon
Chico Xavier
Cirne, Leopoldo
Codificador Espírita
Comunicabilidade Espiritual
Conan Doyle, Arthur
Consolador
Crookes, William
Daniel Dunglas Home
Davis, Andrew Jackson
Denis, Léon
Dentu, Editora
Dentu, Édouard
Desencarnado
Deus
Didier, Pierre-Paul
Divaldo Pereira Franco
Dogma
Dogmatismo
Doutrina Espírita
Doyle, Arthur Conan
Dufaux, Ermance
Ectoplasma
Ectoplasmia
Ecumenismo
Editora Dentu
Édouard Dentu
Emancipação da Alma
Epífise
Ermance Dufaux
Errante
Erraticidade
Errático
Escala Espírita
Escrita Direta
Espiritismo
Espiritismo à Francesa: a derrocada do movimento espírita francês pós-Kardec
Espírito da Verdade
Espírito de Verdade
Espírito Errante
Espírito Santo
Espírito Verdade
Espiritual
Espiritualismo
Espiritualismo Moderno
Evangelho
Expiação
Faget, Laurent de
Fascinação
Fora da Caridade não há salvação
Fox, Irmãs
Francisco Cândido Xavier
Franco, Divaldo Pereira
Fropo, Berthe
Galeria d'Orléans
Gama, Zilda
Glândula Pineal
Henri Sausse
Herculano Pires, José
Herege
Heresia
Hippolyte-Léon Denizard Rivail
Home, Daniel Dunglas
Humberto de Campos
Imortalidade da Alma
Inquisição
Irmão X
Irmãs Baudin
Irmãs Fox
Jackson Davis, Andrew
Japhet, Célina
Jean Meyer
Jean-Baptiste Roustaing
Joanna de Ângelis
Johann Heinrich Pestalozzi
José Arigó
José Herculano Pires
José Pedro de Freitas (Zé Arigó)
Julie Baudin
Kardec, Allan
Kardecismo
Kardecista
Karma
Lachâtre, Maurice
Lamennais
Laurent de Faget
Léon Chevreuil
Léon Denis
Leopoldo Cirne
Leymarie, Pierre-Gaëtan
Linda Gazzera
Livraria Dentu
London Dialectical Society
Madame Kardec
Mal
Maurice Lachâtre
Mediatriz
Médium
Mediunidade
Mesas Girantes
Metempsicose
Meyer, Jean
Misticismo
Místico
Moderno Espiritualismo
Necromancia
O Livro dos Espíritos
O Livro dos Médiuns
Obras Básicas do Espiritismo
Obsediado
Obsessão
Obsessor
Oração
Palais-Royal
Panteísmo
Paráclito
Parasitismo psíquico
Pélagie Baudin
Percepção extrassensorial
Pereira, Yvonne A.
Pestalozzi
Pierre-Gaëtan Leymarie
Pierre-Paul Didier
Pineal
Pires, José Herculano
Pneumatografia
Possessão
Prece
Pressentimento
Projeto Allan Kardec
Quiromancia
Religião
Revelação Espírita
Rivail, Hypolite-Léon Denizard
Roustaing, Jean-Baptiste
Santíssima Trindade
Santo Ofício
Sausse, Henri
Schutel, Cairbar
Sentido Espiritual
Sexto Sentido
Silvino Canuto Abreu
Sociedade Dialética de Londres
Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas
SPEE
Subjugação
Superstição
Terceira Revelação
Tribunal do Santo Ofício
Trindade Universal
Ubiquidade
UEF
União Espírita Francesa
Vampirismo
Verdade, Espírito
Videira Espírita
William Crookes
X, Irmão
Xavier, Chico
Xenoglossia
Yvonne do Amaral Pereira
Zé Arigó
Zilda Gama

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